O Capital Empreendedor, projeto liderado pelo Sebrae que aproxima empreendedores de startups e investidores, acontecerá com formato diferenciado em 2020. Além de apresentar novas ações e parceiros, o evento será totalmente online, atendendo à necessidade de segurança diante dos riscos à saúde provocados pelo covid-19. O lançamento do Capital Empreendedor, que acontecerá no dia 23 de junho, terá a participação de investidores dos vários estágios do capital de risco, como as aceleradoras, plataformas de Crowdfunding de Investimento, investidores anjo e Fundos de Investimento.
A proposta do Sebrae, nesta terceira edição, no lançamento nacional, é sensibilizar em torno de 2.000 empresas. Na sequência, acontecerá o ciclo de preparação dos empreendedores, pelo qual passarão cerca de 300 empresas, que será realizado em nove estados (AM, ES, PB, PR, RO, RS, SC, SP e TO).
Expandindo a participação, em 2020, empresas que não estão localizadas nos estados indicados poderão se inscrever e participar do Projeto. “O projeto tem etapas nas quais os empreendedores são avaliados por mentores, investidores e por games especialmente desenvolvidos para o Ciclo”, explica a analista Maria Auxiliadora Umbelino, gestora Nacional do Projeto, da Unidade de Captalização e Serviços Financeiros do Sebrae.
Dentre as novidades desta edição, está o aporte do Sebrae em Fundos de Investimento em Participação (FIPs) de R$ 7 milhões no Fundo Brasil Central, gerido pela Cedro Capital, com atuação nas regiões Centro-Oeste, Norte e em parte de Minas Gerais. Outra inovação será a 1ª capacitação de investidores-anjo totalmente voltada a experiências práticas, aplicada pelo Sebrae Santa Catarina, em parceria com a Harvard Angels, na qual os potenciais investidores participarão da mesa de decisão de investimento.
A 1ª fase do Capital Empreendedor tem como público-alvo o ecossistema de inovação, pequenos negócios inovadores e startups atendidas em programas do Sebrae, marcando o início do processo de aproximação com os agentes do ecossistema de capital de risco nacional. Em um 2º momento, as empresas classificadas na primeira fase, participarão do workshop de empreendedores, etapa em que conhecerão os principais mecanismos de funcionamento e critérios de decisão de um investidor de risco. A mentoria corresponderá à 3ª fase do projeto, momento em que os empresários receberão orientações para melhorias e adequações no modelo de negócios, comportamento, internacionalização, governança, máquina de vendas, growth, produtos, dados, marketing e negociação.
Para que essa aproximação e negociação com investidores se concretize de forma consistente, foram estruturadas parcerias com players do ecossistema de investimento. Eles contribuirão com a formação desses empreendedores, por meio de workshops, mentorias e rodadas de investimento. Nas duas edições anteriores do Capital Empreendedor, 29 empresas fizeram acordos de investimentos, totalizando R$ 20,8 milhões. Para as empresas finalistas, que seguirão para a última etapa do ano, o circuito de investimentos, fase em que as empresas sentarão na mesa com investidores para apresentar seus negócios, o atendimento será continuado no ano seguinte, por meio de mentorias nos temas: Marketing, Comportamental, Analytics e Scale Up, Internacionalização e Jurídica.
Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e a internacionalização de empreendimentos brasileiros nas áreas de saúde e engenharia, a Anprotec, juntamente com a Embaixada do Brasil no Reino Unido, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Imperial College London lançam a Chamada do Programa de Incubação Brasil-Londres 2020. O programa consistirá na imersão de startups brasileiras no ecossistema de inovação da cidade de Londres, Reino Unido.
Em seu formato original, o Programa englobaria um intercâmbio presencial de uma semana. No entanto, em decorrência do agravamento da pandemia de Covid-19, essa primeira edição do programa será realizada em modalidade virtual. O conteúdo e objetivo do programa continuam os mesmos: oferecer aos empreendimentos brasileiros contato privilegiado com ambientes de inovação londrinos, em particular o Imperial College London.
Os selecionados participarão de uma agenda virtual intensiva de atividades em novembro de 2020. Na ocasião, serão oferecidas sessões preparatórias sobre acesso ao mercado, capacitações técnicas, seminários sobre o ecossistema de inovação, mentorias, treinamento de pitch, acesso aos investidores locais, business matchmaking e networking qualificado, além de um exercício dedicado à aceleração do processo de internacionalização de empreendimentos inovadores.
A Chamada contemplará até 10 startups que estejam em estágio inicial a intermediário de maturidade do desenvolvimento de um produto. Serão consideradas de particular relevância as soluções que abordem um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Cada empreendimento poderá indicar até dois representantes para participar do Programa, sendo que um deles será responsável por apresentar o pitch.
A seleção das propostas será realizada por um comitê de avaliação composto por representantes da Anprotec, da Embaixada do Brasil em Londres, do Imperial College London e por especialistas ad hoc ou parceiros externos.
As inscrições estão abertas até 03 de agosto.
Clique aqui e confira o regulamento completo da Chamada.
Para mais informações, entre em contato com o coordenador da área de relações internacionais da Anprotec, Luís Gustavo Peles, pelo e-mail: gustavo@anprotec.org.br
Dando continuidade ao seu Programa de Comunidades, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) acaba de abrir a fase de coleta de dados para o Mapeamento de Comunidades da região Nordeste em 2020. O estudo visa mapear startups, iniciativas de fomento e o estágio de maturidade das comunidades, dando mais visibilidade a nível nacional e desenvolvimento local dos seus atores.
O Mapeamento de Comunidades nasceu em 2018, com o objetivo de mapear as comunidades emergentes (fora dos grandes eixos e capitais) em todo Brasil, garantindo mais visibilidade para as comunidades e empreendedores. Desde então, mais de 30 comunidades foram mapeadas.
Quando falamos de ecossistema de startups, estamos nos referindo a todos os elementos que de alguma forma contribuem para a construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento de startups. Para o estudo, a Abstartups considera seis pilares principais: talentos, cultura, densidade, acesso à mercado, acesso à capital e ambiente regulatório.
Além de contar com o apoio de uma rede de curadores e parceiros locais, o estudo conta com a contribuição das startups locais.
Sobre a Abstartups
Fundada em 2011, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) é uma entidades sem fins lucrativos, que possui mais de 12 mil startups em sua base de dados e tem como missão promover o ecossistema brasileiro de startups nacionalmente e internacionalmente, fornecendo informações de mercado e ativando os agentes relevantes para aumentar a competitividade das startups brasileiras.
Se sua startup gera impacto social ou ambiental positivo, ao mesmo tempo em que gera lucros, o InovAtiva de Impacto é para você!
Inscreva-se para concorrer a uma das vagas no nosso Ciclo de aceleração de negócios de impacto socioambiental. São até 6 meses de capacitações online, mentorias individuais e coletivas com executivos e investidores especializados no tema e eventos de conexão com entidades, empresas, aceleradoras e investidores focados em negócios de impacto.
A jornada Jovens Líderes Criativos foi desenhada para ensinar jovens de 14 a 16 anos a desenvolverem habilidades de liderança para o mundo em transformação. Por meio de uma metodologia 100% prática em um ambiente virtual colaborativo, os jovens vão pensar e construir soluções para os desafios atuais durante o momento de pandemia COVID-19. O processo fortalecerá as forças pessoais, autonomia, criatividade, protagonismo, resolução de problemas e liderança.
A Jornada é GRATUITA! Somos um time especialista em negócios, comunicação e apaixonados por educação e essa é a nossa forma de ajudar a criar pessoas mais conscientes e preparadas para os desafios do presente e do futuro.
As inscrições vão de 11 a 14 de maio e as vagas são LIMITADAS.
Para saber mais sobre a Jornada e participar da SELEÇÃO, acesse: https://forms.gle/9y3UWm3Xc3gnd6uR9
“O Mapa que irá te ajudar na sua jornada empreendedora!”
Em tempos de crise e medo generalizado é que realmente devemos repensar sobre o que temos feito para crescer , ter ganhos consistentes e de forma recorrente.
O que realmente funciona como uma arma nesses momentos? Se capacitar e procurar melhorar seu negócio para quando o furacão passar!
As 5 principais preocupações de um Empreendedor
Conheça os 5 grandes pontos que irão ajudar você a melhorar seus negócios na crise ou fora dela.
A partir do momento que você refletir sobre estes conteúdos, você terá uma maior compreensão sobre o cenário geral do seu negócio.
Faça o download e aproveite: http://materiais.vinniedeoliveira.net/as-5-principais-preocupacoes-de-um-empreendedor
“Esse material antes estava sendo vendido na loja Kindle mas agora está liberado de forma totalmente gratuita pra te ajudar a atravessar essa crise”
Projeto da paraibana Elmo dispensa uso de peças importadas e já tem futuro focado no desenvolvimento sustentável
A startup paraibana Elmo – Electric Motors, irá desenvolver nos próximos meses uma moto elétrica com tecnologia totalmente nacional. Já existem algumas rodando no Brasil, as mais comuns são os modelos “scooter”, montadas com peças importadas. O projeto da Elmo prevê usar tecnologia desenvolvida na “terra brasilis”, inclusive o motor – item sempre trazido de fora, normalmente da China.
Mesmo jovens, com idades entre os 22 e os 26 anos, os três sócios-fundadores da Elmo vislumbram uma longa estrada quando olham pelo retrovisor. Antônio Félix e Renato Fonseca fazem Engenharia Mecânica e Felipe Fauze, Engenharia Elétrica, todos na Universidade Federal da Paraíba. Desde o ingresso nos cursos, há cerca de quatro ou cinco anos, eles se integraram ao Fórmula-E UFPB, coordenado pelo professor Dr. Euler Cássio Tavares de Macêdo. O Fórmula-E nasceu em 2014 com o propósito de desenvolver no estudante o conhecimento em mobilidade elétrica. Faz parte da maior competição a nível mundial da área estudantil, organizada pela Fórmula SAE, sendo uma oportunidade para os estudantes de graduação se especializarem.
Renato se tornou “expert” em suspensão. Ele coordenou a equipe responsável pelo melhor projeto de suspensão de todo o Nordeste em 2018, tanto dos elétricos quanto na categoria combustão. Antônio Felix seguiu para a parte de chassi, segurança e manufatura, pelas quais é responsável na Elmo. E Felipe Fauze desenvolveu estudos em baterias de lithium; um de seus artigos científicos foi publicado pela SAE.
O protagonismo dos estudantes no desenvolvimento da tecnologia de mobilidade elétrica dentro do Nordeste atraiu a atenção da companhia de energia ENEL que convidou-os para construir quatro veículos elétricos para disputar a fórmula SAE. A ENEL investiu R$ 400 mil nesses carros, concluídos no final do ano passado.
Mas a visão dos três amigos está fixa no futuro; à frente, no horizonte, vislumbram-se problemas advindos do aquecimento global, a necessidade de dominar a tecnologia e a Elmo dispõe-se a produzir soluções engajadas à sustentabilidade.
Segundo o relatório do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG 2018) com estudos mapeados de 1990 a 2017, o segmento de Transportes é o maior emissor dentro dos setores analisados, responsável pela emissão de 204 toneladas Emissões Acumuladas Totais de CO2 em 2016 , representando 39% do total; (a Indústria também contribui com uma fração importante com 31% do total). O relatório conclui que a adoção de biocombustíveis e de soluções tecnológicas, como o veículo elétrico, demonstra grande potencial de abatimento de emissões. “Eu acredito na mobilidade elétrica como uma das soluções para redução do efeito estufa”, ressalta Renato Fonseca.
Projeto da universidade chega ao mercado
Na universidade, por meio do projeto Fórmula-E UFPB, os estudantes desenvolveram capacidades para projetos de tecnologia. A Elmo nasceu nesse berço. Passou ainda por experiências com a construção de karts elétricos e definiu o foco em motocicletas. “Eu fico muito feliz por eles terem tido a iniciativa de desenvolverem mobilidade elétrica porque é um mercado que tem muita demanda. Veja como é importante o desenvolvimento da tecnologia nacional: num momento de crise como estamos vivendo, com uma epidemia cuja doença [covid-19] requer máscaras de proteção para o tratamento, e não conseguimos produzir; quanto mais respiradores. Importamos tudo. Por isso eu tenho o maior interesse que essa tecnologia se desenvolva”, revela Euler de Macêdo.
O empreendedorismo também é estimulado ao longo do curso a fim de que os alunos tenham a opção de criarem os negócios deles e gerarem renda para a Paraíba. No ano passado, os sócios da Elmo participaram do projeto StartPB, promovido pelo Sebrae. “Foi muito importante para amadurecermos o negócio. Durante o StarPB nós definimos o veículo que iremos produzir, introduzimos ações de marketing e estamos com background para buscar parceiros para o negócio”, informa Renato.
“O mercado tem uma carência muito grande. Com a desindustrialização brasileira, ninguém quer contruir; querem importar, trazer da China, porque é mais barato. Mas veja o momento que atravessamos, nem a China está com capacidade de produção e não temos uma capacidade própria. Se os estudantes tiverem essa visão de resolverem os problemas da sociedade, o dinheiro vem como consequência. Problemas não faltam”, complementa Macêdo.
Tecnologia nacional para desenvolvimento
Com a experiência do StarPB e da atividade com a tecnologia, os sócios participaram de uma oportunidade junto à empresa de desing Autodesk. Apresentaram um “pitch” da startup e conquistaram a parceria para usarem a ferramenta Fusion 360. O desing do protótipo é feito por eles nesse programa.
A estrutura mecânica será desenvolvida na Paraíba, na oficina da JP3 MotoSport, conhecida na área corridas de moto offroad. “ As empresas que vendem motos elétricas no Brasil são basicamente importadoras. Uma ou outra fazem alterações no produto. Nosso diferencial é que será fabricado aqui, além de recursos eletrônicos que iremos disponibilizar. Fizemos um estudo entre os motores estrangeiros e, recentemente, analisamos melhor os motores da WEG e achamos uma boa fazer os primeiros testes com ele. Se nossas simulações estiverem corretas, os motores da WEG vão oferecer um desempenho equivalente ao estrangeiros, sem o custo adicional da importação”, esclarece Renato.
A moto está estimada a pesar 85 kg; dentro da cidade ela chega de 0 a 60 km em cinco segundos e a velocidade final está estimada em 125 Km/h; tem autonomia de 100 Km; as baterias são removíveis e o tempo de recarga é de 4 horas; é possível retirar da moto e carregar em uma tomada comum.
O projeto inclui uma parte de conectividade via Bluetooth com um sistema de check up, diagnóstico eletrônico: um relatório é gerado pelo aplicativo e pode ser enviado para a empresa para uma solução. Terá configurações de maior eficiência/desempenho e, pelo menos, três modos de condução; sensor de presença do dono, quando ele se aproxima do veículo, além de localização por GPS.
Considerando o combustível e a manutenção, um dono de moto elétrica pode economizar até 80% por ano, em comparação com uma moto à gasolina. O consumo é de R$ 0,02 centavos por quilômetro, se calculado pelo preço do kilowatt em João Pessoa. Para uma moto à combustão que faz 30 Km/litro, o preço fica em R$ 0,04 centavos.
Mas a economia maior está na manutenção do motor. Uma moto à gasolina tem um motor muito mais complexo que requer manutenção frequente. No elétrico nem as baterias, nem o motor precisam de manutenção. O que poderá requerer manutenção é a parte de suspensão, freios, nada além disso.
A Elmo Motors lançou no Instagram (@elmosolution) uma consulta para o público escolher o primeiro modelo que será fabricado: off road, street ou o custom
Texto publicado originalmente no portal Ekonomy: https://ekonomy.com.br/2020/04/14/startup-paraibana-anuncia-o-desenvolvimento-de-moto-eletrica-com-tecnologia-nacional/
Você sabe a diferença entre descoberta, invenção e inovação? Hoje iniciaremos um novo momento na nossa trajetória de te apresentar os melhores conteúdos. A coluna Vida Digital fica para trás após 60 (isso mesmo, sessenta!) episódios e iniciaremos o CBN Inovação, na Rádio CBN João Pessoa.
Neste primeiro episódio, vamos entender o que é inovar e como esse mecanismo se dá e se diferencia de descoberta e invenção. Com isso, vamos fazer uma reflexão para entendermos como se dão esses processos e de que forma são aplicados em nosso cotidiano.
Antes de mais nada, a ideia é nos deslocarmos do conceito que o mundo se modificou de tal ponto que o que ficou para trás não retorna. O que temos agora como evolução é de que estamos deixando de ser algo para entrarmos numa nova configuração tecnológica. Mas e o que também é tecnologia no meio disso?
Dessa forma, vamos entender as esteiras da evolução até chegarmos na inovação. Com isso, a partir de agora, saímos da vida digital para o que é possível no mundo real. Deixaremos de pensar que o que existe hoje faz parte de um passado ou um futuro. Estamos vivenciando um presente em que não permite que o mundo gire ao contrário. Clique aqui e assista nossa participação na CBN.
Nesta terça-feira (10), o nosso papo ganha uma nova roupagem. Estamos juntos para embarcar em pensamentos transformadores que podem ser aplicados aos nossos negócios, relacionamentos e como trabalhamos. Esta na hora de inovar.
Vamos falar sobre:
O que é descoberta?
Diferenças entre descoberta, invenção e inovação
Importância do Design Thinkin para inovação
História do Post-It
Inventor pode não ser empreendedor
Descoberta: a ação de encontrar
De acordo com o site Dicio, a palavra descoberta é a ação de descobrir, aquilo que se inventa, cria; invenção, criação. Pensando nisso podemos descobrir uma nova forma de fazer um bolo, construir um foguete para o espaço, oferecer um carinho e arrancar um sorriso. A descoberta é parte do cotidiano de todos e acontece de forma simples e inusitada.
Podemos, e devemos, ter métodos para descobrir algo novo ou redesenhar o que já existe. O mais importante é estar com o coração e alma prontos para este momento.
Invenção: seja um professor Pardal
Na escala evolutiva, o próximo passo é transformar a descoberta é uma invenção. Nesse caso, algo mais concreto que deixa de ser conceitual. Para que sua nova forma de fazer um bolo funcione, você precisará de todo um ambiente. Talvez uma forma especial que você criou, uma colher, alguma técnica para regular a temperatura e modificar o cozimento do bolo.
Para que esta descoberta se transforme em uma invenção você precisa ter um protótipo. Resumindo, você transforma o conhecimento em algo real que outras pessoas possam interagir.
E o que é inovação?
Tenho certeza absoluta que você está se perguntando: “Tá, Vinnie, beleza, mas o que é inovação afinal?” A resposta é curta e direta: A combinação destes dois conhecimentos com foco em ganhar dinheiro.
Inovação está ligada diretamente ao mercado. Primeiramente, descobrimos um conhecimento que não estava acessível a grande maioria. Segundo, transformamos o conhecimento em algo palpável, concreto, que pessoas possam interagir. Por último, com esses dois passos anteriores validados (ou seja, confirmados por todos que realmente é algo interessante não apenas para o idealizador), você apresenta isso ao mercado.
Em linhas gerais, o empreendedorismo está muito baseado nestes três pilares. Pelo menos deveria. Infelizmente, o alto índice de fracasso das empresas no Brasil (leia-se: empresa quebrada!) se deve ao fato dos empreendedores não seguirem minimamente estes três passos.
O empreendedor se depara com um problema do mercado. Ele propõe uma solução. Essa solução deveria ser validada com o mercado para, depois desta resposta de quem paga a conta ao final do dia, daí teríamos uma empresa.
Descobrir e inventar algo é relativamente fácil se comparado a dificuldade de transformar isso em inovação. Não necessariamente devemos criar algo com foco em ganhar dinheiro. Longe de mim podar sua capacidade criativa. Meu interesse aqui é demonstrar que se você tem um olhar mercadológico para seu processo, aí sim você está tratando de inovação.
Design Thinking como ferramenta de inovação
É muito importante frisar a importância do design neste processo de construção da inovação. Quando mencionamos esta palavra, para muitos, a primeira referência seria a estética. “Que obra bonita!”, “este carro tem um excelente design interior”, “O design desta estampa é lindo!”, entre outras tantas referências.
O design surge como elemento de solução de problemas. É algo muito maior que simplesmente executar algo bonito esteticamente. Cabe frisar que estética é algo também muito subjetivo. O que é “bonito” para mim pode não ser para você, concorda? Por esse motivo que o design possui interferência direta na solução de problemas e, em linhas gerais, busca-se também um conforto visual.
No vídeo abaixo, vemos a criação de uma solução de design para ampliar enormemente a qualidade de vida de pessoas que possuem distúrbios motores como o Mal de Parkinson. Utilizando conceitos da física a colher “combate” o tremor com movimentos nos sentidos opostos mantendo a estabilidade do utensílio. Este conceito também é utilizado em drones e estabilizadores de imagens para manter estes equipamentos mais “firmes” possível no cumprimento de suas ações.
Se combinarmos, em uma tradução “grosseira”, as duas palavras DESIGN e THINKING (pensamento), teremos a “solução de problemas através do pensamento”. Sendo assim, podemos agregar várias formas de pensamento em prol da solução de questões.
Exatamente assim que funciona o Design Thinking. A união de vários tipos de profissionais, com diversas formações, em prol da solução de um problema. Quando unimos essa pluralidade, agregamos visões cada vez mais próximas do nosso principal motivo para um negócio existir: nosso cliente. Sem ele nossos objetivos não estão completos visto que não estaremos atingindo resultados tangíveis e intangíveis.
Surgimento do Design Thinking
O Design Thinking surgiu conceitualmente em duas obras muito importantes. Em 1969, nas ciências, o livro “As ciências do artificial” de Herbert Simon apresenta as primeiras reflexões sobre o tema. Do ponto de vista de Engenharia, o livro “Experiencias in Visual Thinking”, do autor Robert McKim apresentou as reflexões iniciais sobre problemas sendo abordados por diversos players.
A difusão do conceito Design Thinking foi mundialmente apresentada pela consultoria IDEO, dos Estados Unidos. O livro “Design Thinking”, de Tim Brown (que foi um dos CEO da consultoria IDEO) apresenta as concepções da empresa sobre a interação, com método, de diversos grupos de profissionais em prol da solução de um problema.
Inovação como processo de transformação
Entendemos que a inovação é um processo de transformação positiva. A partir do momento que nos colocamos para solucionar um problema e, consequentemente, obtemos resultados financeiros está ocorrendo uma transformação em várias esferas.
Transformação significa sair de um ponto A para o ponto B. Contudo, o que para mim é positivo talvez não seja para você. A mesma subjetividade que encontramos no conceito estético que falamos acima teremos sobre conceitos de transformação. Einstein, ao propor a teoria da relatividade especial em 1905 e a teoria da relatividade geral em 1915, e nunca imaginaria que seu conhecimento seria transformado na bomba que matou milhares de pessoas em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.
A descoberta proposta por fórmulas matemáticas se transformou em uma invenção que afetou milhares de pessoas de forma negativa. O processo de inovação foi desenhado, por exemplo, em veículos como submarinos nucleares e usinas que produzem energia elétrica.
Post-it: invenção errada que virou inovação
Não sei se você sabe, mas a 3M é uma das empresas do mundo que mais investem em inovação. Todos os colaboradores, ainda hoje, são convidados a inovar. Todos possuem um banco de horas semanal voltado a criar e com intuito de inovar. Resumindo, a empresa te oferece tempo para pensar como ganhar dinheiro.
A história do surgimento do post-it, um dos produtos mais famosos e bem sucedidos criados pela 3M, começou de forma curiosa. As “lendas urbanas” dizem que um de seus cientistas, o Dr. Spencer Silver em 1968 estava desenvolvendo uma super-cola que “colaria tudo”. O que ele não esperava era que seu experimento funcionasse exatamente ao contrário. A cola que não colava nada! Isso mesmo, acabou surgindo uma cola que era muito fraca que não gerava aderência por longos períodos e facilmente poderia ser descolada.
E agora? O que fazer com esta invenção?
Dentro da 3M seria necessário apresentar esse experimento de alguma forma: A cola que não colava nada! Dr. Spencer apresentou por alguns anos seu projeto e em 1971 seu amigo Art Fry teve uma excelente sacada a partir de um problema que ele estava passando: Papéis voando enquanto cantava. Isso mesmo, ele era coralista na igreja e suas marcações de partituras ficavam voando durante suas apresentações. Ele não poderia parar para apanhar tudo enquanto cantava, não é mesmo?
Então, Art Fry teve a sacada de utilizar o invento do seu amigo Dr. Spencer Silver. Pegar a cola, passar em pedaços de papel e começou a marcar suas partituras. Eureka! A ideia funcionou e eles criaram o Post-it. A invenção foi validada internamente e, em 1974, distribuída com os moradores do estado de Idaho, nos Estados Unidos. A receptividade foi incrível e a invenção ganhou o mundo e em 1977 entrou no mercado comercialmente. Pra todo lado vemos pessoas utilizando Post-its em seus processos de organização – inclusive gerando mais inovação.
Inventor não necessariamente é um Inovador
O resumo de tudo que te apresentamos é que o inventor não necessariamente é um inovador. Agora podemos afirmar que todo inovador é um empreendedor. Como vimos a inovação está ligada diretamente ao empreendedorismo.
É muito importante que o empreendedor esteja atento a possibilidades continuamente. Todo negócio precisa se oxigenar com novos conceitos, atitudes, formas de atendimento para que teu cliente perceba diferenças.
Hoje em dia estamos muito atrelados as dinâmicas do Marketing Digital e somos bombardeados continuamente com conteúdos das mais diversas localizações geográficas. Nosso cliente está cada vez mais antenado e mais questionador, por consequência. Por esse motivo que necessitamos sempre buscar inovar onde estamos atuando profissionalmente.
O encantamento deve ser contínuo. Nenhum cliente deseja ficar “pulando de galho em galho”. Ele quer ser fiel a sua empresa basta que você cumpra o seu papel – entregar o melhor!
Participe do nosso debate
Esperamos que você tenha gostado da abertura do novo momento da nossa participação na CBN. Estamos de cara nova, equipe mais e ainda mais capacitada para buscar o melhor para te ajudar.
Se você gostou das dicas, encaminhe para seus amigos, colegas de trabalho, familiares. Essa sua contribuição fará com que possamos continuar seguindo firme na construção de conteúdos de qualidade.
O livro apresenta visões sobre inovação baseadas em Design. As estratégias sempre muito focadas em solução de problemas a partir da criação de produtos.Infelizmente, não encontramos uma versão em traduzida para o Português mas sempre como uma excelente referência de conteúdo para estudantes e profissionais das áreas de humanas e tecnologia.
“Artificial” é usado neste livro num sentido muito específico: para indicar sistemas que têm uma determinada forma ou comportamento apenas porque se adaptam (ou são adaptados) ao ambiente, em vista de certos objetivos ou finalidades a atingir.Assim, são artificiais em termos de comportamento, quer os artefactos feitos pelo homem, quer o próprio homem.
(extraído da sinopse do livro)
Este é um clássico do Design Thinking. Referência obrigatória para quem deseja se aprofundar na temática seja com visões voltadas ao mercado ou academia.Inúmeros exemplos de implementações e estratégias aplicadas em casos reais da IDEO que é reconhecida como uma das principais consultorias no mundo relacionadas a Design Thinking e Inovação.
Excelente leitura! Colocamos ao lado o link para versões em Kindle e Papel.
O grupo gaúcho Randon foi buscar em startups o sopro de inovação de que precisava e já teve retorno 20 vezes maior que o investimento feito
O grupo gaúcho Randon — composto de nove empresas das áreas de autopeças, carrocerias e serviços automotivos — experimentava em 2014 o início de uma crise amarga. As receitas e o lucro caíam e, mesmo com mais de 60 anos de existência, o grupo tinha dificuldade para reagir. “Sofremos o baque que atingiu o setor”, diz Daniel Randon, presidente do grupo. “Entre 2013 e 2016, caímos a um terço de nossa produção total.”
Em meio a esforços para reduzir ativos ociosos, como o fechamento de uma fábrica, o grupo passou a buscar a eficiência nas operações. Para isso, aproximou-se de startups capazes de acelerar o movimento. Em vez de incentivar iniciativas dispersas, o grupo criou um programa de inovação, o Randon Exo. Hoje uma equipe se dedica a conectar diversas áreas do grupo com as startups. O grupo aprova projetos junto com um comitê formado por diretores de tecnologia das empresas Randon.
Até agora, o retorno dos projetos superou em 20 vezes o investimento inicial. Hoje, com a demanda por caminhões em alta novamente, o grupo pretende consolidar essa cultura de melhoria contínua. Suas receitas chegaram a 4,3 bilhões de reais no ano passado, 45% mais do que em 2017. Veja o passo a passo.
Texto publicado originalmente por Murilo Bomfim na Revista Exame
Para entender quais os impactos atuais e futuros nas startups, o iDEXO, frente de inovação aberta da TOTVS, junto com o Liga Insights (braço de pesquisas e inteligência de mercado da Liga Ventures) e o Inovativa Brasil, estão realizando esta pesquisa para que possamos reunir os principais desafios e direcionar esforços e soluções para o ecossistema de startups.