O Capital Empreendedor, projeto liderado pelo Sebrae que aproxima empreendedores de startups e investidores, acontecerá com formato diferenciado em 2020. Além de apresentar novas ações e parceiros, o evento será totalmente online, atendendo à necessidade de segurança diante dos riscos à saúde provocados pelo covid-19. O lançamento do Capital Empreendedor, que acontecerá no dia 23 de junho, terá a participação de investidores dos vários estágios do capital de risco, como as aceleradoras, plataformas de Crowdfunding de Investimento, investidores anjo e Fundos de Investimento.
A proposta do Sebrae, nesta terceira edição, no lançamento nacional, é sensibilizar em torno de 2.000 empresas. Na sequência, acontecerá o ciclo de preparação dos empreendedores, pelo qual passarão cerca de 300 empresas, que será realizado em nove estados (AM, ES, PB, PR, RO, RS, SC, SP e TO).
Expandindo a participação, em 2020, empresas que não estão localizadas nos estados indicados poderão se inscrever e participar do Projeto. “O projeto tem etapas nas quais os empreendedores são avaliados por mentores, investidores e por games especialmente desenvolvidos para o Ciclo”, explica a analista Maria Auxiliadora Umbelino, gestora Nacional do Projeto, da Unidade de Captalização e Serviços Financeiros do Sebrae.
Dentre as novidades desta edição, está o aporte do Sebrae em Fundos de Investimento em Participação (FIPs) de R$ 7 milhões no Fundo Brasil Central, gerido pela Cedro Capital, com atuação nas regiões Centro-Oeste, Norte e em parte de Minas Gerais. Outra inovação será a 1ª capacitação de investidores-anjo totalmente voltada a experiências práticas, aplicada pelo Sebrae Santa Catarina, em parceria com a Harvard Angels, na qual os potenciais investidores participarão da mesa de decisão de investimento.
A 1ª fase do Capital Empreendedor tem como público-alvo o ecossistema de inovação, pequenos negócios inovadores e startups atendidas em programas do Sebrae, marcando o início do processo de aproximação com os agentes do ecossistema de capital de risco nacional. Em um 2º momento, as empresas classificadas na primeira fase, participarão do workshop de empreendedores, etapa em que conhecerão os principais mecanismos de funcionamento e critérios de decisão de um investidor de risco. A mentoria corresponderá à 3ª fase do projeto, momento em que os empresários receberão orientações para melhorias e adequações no modelo de negócios, comportamento, internacionalização, governança, máquina de vendas, growth, produtos, dados, marketing e negociação.
Para que essa aproximação e negociação com investidores se concretize de forma consistente, foram estruturadas parcerias com players do ecossistema de investimento. Eles contribuirão com a formação desses empreendedores, por meio de workshops, mentorias e rodadas de investimento. Nas duas edições anteriores do Capital Empreendedor, 29 empresas fizeram acordos de investimentos, totalizando R$ 20,8 milhões. Para as empresas finalistas, que seguirão para a última etapa do ano, o circuito de investimentos, fase em que as empresas sentarão na mesa com investidores para apresentar seus negócios, o atendimento será continuado no ano seguinte, por meio de mentorias nos temas: Marketing, Comportamental, Analytics e Scale Up, Internacionalização e Jurídica.
Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e a internacionalização de empreendimentos brasileiros nas áreas de saúde e engenharia, a Anprotec, juntamente com a Embaixada do Brasil no Reino Unido, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Imperial College London lançam a Chamada do Programa de Incubação Brasil-Londres 2020. O programa consistirá na imersão de startups brasileiras no ecossistema de inovação da cidade de Londres, Reino Unido.
Em seu formato original, o Programa englobaria um intercâmbio presencial de uma semana. No entanto, em decorrência do agravamento da pandemia de Covid-19, essa primeira edição do programa será realizada em modalidade virtual. O conteúdo e objetivo do programa continuam os mesmos: oferecer aos empreendimentos brasileiros contato privilegiado com ambientes de inovação londrinos, em particular o Imperial College London.
Os selecionados participarão de uma agenda virtual intensiva de atividades em novembro de 2020. Na ocasião, serão oferecidas sessões preparatórias sobre acesso ao mercado, capacitações técnicas, seminários sobre o ecossistema de inovação, mentorias, treinamento de pitch, acesso aos investidores locais, business matchmaking e networking qualificado, além de um exercício dedicado à aceleração do processo de internacionalização de empreendimentos inovadores.
A Chamada contemplará até 10 startups que estejam em estágio inicial a intermediário de maturidade do desenvolvimento de um produto. Serão consideradas de particular relevância as soluções que abordem um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Cada empreendimento poderá indicar até dois representantes para participar do Programa, sendo que um deles será responsável por apresentar o pitch.
A seleção das propostas será realizada por um comitê de avaliação composto por representantes da Anprotec, da Embaixada do Brasil em Londres, do Imperial College London e por especialistas ad hoc ou parceiros externos.
As inscrições estão abertas até 03 de agosto.
Clique aqui e confira o regulamento completo da Chamada.
Para mais informações, entre em contato com o coordenador da área de relações internacionais da Anprotec, Luís Gustavo Peles, pelo e-mail: gustavo@anprotec.org.br
Projeto da paraibana Elmo dispensa uso de peças importadas e já tem futuro focado no desenvolvimento sustentável
A startup paraibana Elmo – Electric Motors, irá desenvolver nos próximos meses uma moto elétrica com tecnologia totalmente nacional. Já existem algumas rodando no Brasil, as mais comuns são os modelos “scooter”, montadas com peças importadas. O projeto da Elmo prevê usar tecnologia desenvolvida na “terra brasilis”, inclusive o motor – item sempre trazido de fora, normalmente da China.
Mesmo jovens, com idades entre os 22 e os 26 anos, os três sócios-fundadores da Elmo vislumbram uma longa estrada quando olham pelo retrovisor. Antônio Félix e Renato Fonseca fazem Engenharia Mecânica e Felipe Fauze, Engenharia Elétrica, todos na Universidade Federal da Paraíba. Desde o ingresso nos cursos, há cerca de quatro ou cinco anos, eles se integraram ao Fórmula-E UFPB, coordenado pelo professor Dr. Euler Cássio Tavares de Macêdo. O Fórmula-E nasceu em 2014 com o propósito de desenvolver no estudante o conhecimento em mobilidade elétrica. Faz parte da maior competição a nível mundial da área estudantil, organizada pela Fórmula SAE, sendo uma oportunidade para os estudantes de graduação se especializarem.
Renato se tornou “expert” em suspensão. Ele coordenou a equipe responsável pelo melhor projeto de suspensão de todo o Nordeste em 2018, tanto dos elétricos quanto na categoria combustão. Antônio Felix seguiu para a parte de chassi, segurança e manufatura, pelas quais é responsável na Elmo. E Felipe Fauze desenvolveu estudos em baterias de lithium; um de seus artigos científicos foi publicado pela SAE.
O protagonismo dos estudantes no desenvolvimento da tecnologia de mobilidade elétrica dentro do Nordeste atraiu a atenção da companhia de energia ENEL que convidou-os para construir quatro veículos elétricos para disputar a fórmula SAE. A ENEL investiu R$ 400 mil nesses carros, concluídos no final do ano passado.
Mas a visão dos três amigos está fixa no futuro; à frente, no horizonte, vislumbram-se problemas advindos do aquecimento global, a necessidade de dominar a tecnologia e a Elmo dispõe-se a produzir soluções engajadas à sustentabilidade.
Segundo o relatório do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG 2018) com estudos mapeados de 1990 a 2017, o segmento de Transportes é o maior emissor dentro dos setores analisados, responsável pela emissão de 204 toneladas Emissões Acumuladas Totais de CO2 em 2016 , representando 39% do total; (a Indústria também contribui com uma fração importante com 31% do total). O relatório conclui que a adoção de biocombustíveis e de soluções tecnológicas, como o veículo elétrico, demonstra grande potencial de abatimento de emissões. “Eu acredito na mobilidade elétrica como uma das soluções para redução do efeito estufa”, ressalta Renato Fonseca.
Projeto da universidade chega ao mercado
Na universidade, por meio do projeto Fórmula-E UFPB, os estudantes desenvolveram capacidades para projetos de tecnologia. A Elmo nasceu nesse berço. Passou ainda por experiências com a construção de karts elétricos e definiu o foco em motocicletas. “Eu fico muito feliz por eles terem tido a iniciativa de desenvolverem mobilidade elétrica porque é um mercado que tem muita demanda. Veja como é importante o desenvolvimento da tecnologia nacional: num momento de crise como estamos vivendo, com uma epidemia cuja doença [covid-19] requer máscaras de proteção para o tratamento, e não conseguimos produzir; quanto mais respiradores. Importamos tudo. Por isso eu tenho o maior interesse que essa tecnologia se desenvolva”, revela Euler de Macêdo.
O empreendedorismo também é estimulado ao longo do curso a fim de que os alunos tenham a opção de criarem os negócios deles e gerarem renda para a Paraíba. No ano passado, os sócios da Elmo participaram do projeto StartPB, promovido pelo Sebrae. “Foi muito importante para amadurecermos o negócio. Durante o StarPB nós definimos o veículo que iremos produzir, introduzimos ações de marketing e estamos com background para buscar parceiros para o negócio”, informa Renato.
“O mercado tem uma carência muito grande. Com a desindustrialização brasileira, ninguém quer contruir; querem importar, trazer da China, porque é mais barato. Mas veja o momento que atravessamos, nem a China está com capacidade de produção e não temos uma capacidade própria. Se os estudantes tiverem essa visão de resolverem os problemas da sociedade, o dinheiro vem como consequência. Problemas não faltam”, complementa Macêdo.
Tecnologia nacional para desenvolvimento
Com a experiência do StarPB e da atividade com a tecnologia, os sócios participaram de uma oportunidade junto à empresa de desing Autodesk. Apresentaram um “pitch” da startup e conquistaram a parceria para usarem a ferramenta Fusion 360. O desing do protótipo é feito por eles nesse programa.
A estrutura mecânica será desenvolvida na Paraíba, na oficina da JP3 MotoSport, conhecida na área corridas de moto offroad. “ As empresas que vendem motos elétricas no Brasil são basicamente importadoras. Uma ou outra fazem alterações no produto. Nosso diferencial é que será fabricado aqui, além de recursos eletrônicos que iremos disponibilizar. Fizemos um estudo entre os motores estrangeiros e, recentemente, analisamos melhor os motores da WEG e achamos uma boa fazer os primeiros testes com ele. Se nossas simulações estiverem corretas, os motores da WEG vão oferecer um desempenho equivalente ao estrangeiros, sem o custo adicional da importação”, esclarece Renato.
A moto está estimada a pesar 85 kg; dentro da cidade ela chega de 0 a 60 km em cinco segundos e a velocidade final está estimada em 125 Km/h; tem autonomia de 100 Km; as baterias são removíveis e o tempo de recarga é de 4 horas; é possível retirar da moto e carregar em uma tomada comum.
O projeto inclui uma parte de conectividade via Bluetooth com um sistema de check up, diagnóstico eletrônico: um relatório é gerado pelo aplicativo e pode ser enviado para a empresa para uma solução. Terá configurações de maior eficiência/desempenho e, pelo menos, três modos de condução; sensor de presença do dono, quando ele se aproxima do veículo, além de localização por GPS.
Considerando o combustível e a manutenção, um dono de moto elétrica pode economizar até 80% por ano, em comparação com uma moto à gasolina. O consumo é de R$ 0,02 centavos por quilômetro, se calculado pelo preço do kilowatt em João Pessoa. Para uma moto à combustão que faz 30 Km/litro, o preço fica em R$ 0,04 centavos.
Mas a economia maior está na manutenção do motor. Uma moto à gasolina tem um motor muito mais complexo que requer manutenção frequente. No elétrico nem as baterias, nem o motor precisam de manutenção. O que poderá requerer manutenção é a parte de suspensão, freios, nada além disso.
A Elmo Motors lançou no Instagram (@elmosolution) uma consulta para o público escolher o primeiro modelo que será fabricado: off road, street ou o custom
Texto publicado originalmente no portal Ekonomy: https://ekonomy.com.br/2020/04/14/startup-paraibana-anuncia-o-desenvolvimento-de-moto-eletrica-com-tecnologia-nacional/
Você sabe a diferença entre descoberta, invenção e inovação? Hoje iniciaremos um novo momento na nossa trajetória de te apresentar os melhores conteúdos. A coluna Vida Digital fica para trás após 60 (isso mesmo, sessenta!) episódios e iniciaremos o CBN Inovação, na Rádio CBN João Pessoa.
Neste primeiro episódio, vamos entender o que é inovar e como esse mecanismo se dá e se diferencia de descoberta e invenção. Com isso, vamos fazer uma reflexão para entendermos como se dão esses processos e de que forma são aplicados em nosso cotidiano.
Antes de mais nada, a ideia é nos deslocarmos do conceito que o mundo se modificou de tal ponto que o que ficou para trás não retorna. O que temos agora como evolução é de que estamos deixando de ser algo para entrarmos numa nova configuração tecnológica. Mas e o que também é tecnologia no meio disso?
Dessa forma, vamos entender as esteiras da evolução até chegarmos na inovação. Com isso, a partir de agora, saímos da vida digital para o que é possível no mundo real. Deixaremos de pensar que o que existe hoje faz parte de um passado ou um futuro. Estamos vivenciando um presente em que não permite que o mundo gire ao contrário. Clique aqui e assista nossa participação na CBN.
Nesta terça-feira (10), o nosso papo ganha uma nova roupagem. Estamos juntos para embarcar em pensamentos transformadores que podem ser aplicados aos nossos negócios, relacionamentos e como trabalhamos. Esta na hora de inovar.
Vamos falar sobre:
O que é descoberta?
Diferenças entre descoberta, invenção e inovação
Importância do Design Thinkin para inovação
História do Post-It
Inventor pode não ser empreendedor
Descoberta: a ação de encontrar
De acordo com o site Dicio, a palavra descoberta é a ação de descobrir, aquilo que se inventa, cria; invenção, criação. Pensando nisso podemos descobrir uma nova forma de fazer um bolo, construir um foguete para o espaço, oferecer um carinho e arrancar um sorriso. A descoberta é parte do cotidiano de todos e acontece de forma simples e inusitada.
Podemos, e devemos, ter métodos para descobrir algo novo ou redesenhar o que já existe. O mais importante é estar com o coração e alma prontos para este momento.
Invenção: seja um professor Pardal
Na escala evolutiva, o próximo passo é transformar a descoberta é uma invenção. Nesse caso, algo mais concreto que deixa de ser conceitual. Para que sua nova forma de fazer um bolo funcione, você precisará de todo um ambiente. Talvez uma forma especial que você criou, uma colher, alguma técnica para regular a temperatura e modificar o cozimento do bolo.
Para que esta descoberta se transforme em uma invenção você precisa ter um protótipo. Resumindo, você transforma o conhecimento em algo real que outras pessoas possam interagir.
E o que é inovação?
Tenho certeza absoluta que você está se perguntando: “Tá, Vinnie, beleza, mas o que é inovação afinal?” A resposta é curta e direta: A combinação destes dois conhecimentos com foco em ganhar dinheiro.
Inovação está ligada diretamente ao mercado. Primeiramente, descobrimos um conhecimento que não estava acessível a grande maioria. Segundo, transformamos o conhecimento em algo palpável, concreto, que pessoas possam interagir. Por último, com esses dois passos anteriores validados (ou seja, confirmados por todos que realmente é algo interessante não apenas para o idealizador), você apresenta isso ao mercado.
Em linhas gerais, o empreendedorismo está muito baseado nestes três pilares. Pelo menos deveria. Infelizmente, o alto índice de fracasso das empresas no Brasil (leia-se: empresa quebrada!) se deve ao fato dos empreendedores não seguirem minimamente estes três passos.
O empreendedor se depara com um problema do mercado. Ele propõe uma solução. Essa solução deveria ser validada com o mercado para, depois desta resposta de quem paga a conta ao final do dia, daí teríamos uma empresa.
Descobrir e inventar algo é relativamente fácil se comparado a dificuldade de transformar isso em inovação. Não necessariamente devemos criar algo com foco em ganhar dinheiro. Longe de mim podar sua capacidade criativa. Meu interesse aqui é demonstrar que se você tem um olhar mercadológico para seu processo, aí sim você está tratando de inovação.
Design Thinking como ferramenta de inovação
É muito importante frisar a importância do design neste processo de construção da inovação. Quando mencionamos esta palavra, para muitos, a primeira referência seria a estética. “Que obra bonita!”, “este carro tem um excelente design interior”, “O design desta estampa é lindo!”, entre outras tantas referências.
O design surge como elemento de solução de problemas. É algo muito maior que simplesmente executar algo bonito esteticamente. Cabe frisar que estética é algo também muito subjetivo. O que é “bonito” para mim pode não ser para você, concorda? Por esse motivo que o design possui interferência direta na solução de problemas e, em linhas gerais, busca-se também um conforto visual.
No vídeo abaixo, vemos a criação de uma solução de design para ampliar enormemente a qualidade de vida de pessoas que possuem distúrbios motores como o Mal de Parkinson. Utilizando conceitos da física a colher “combate” o tremor com movimentos nos sentidos opostos mantendo a estabilidade do utensílio. Este conceito também é utilizado em drones e estabilizadores de imagens para manter estes equipamentos mais “firmes” possível no cumprimento de suas ações.
Se combinarmos, em uma tradução “grosseira”, as duas palavras DESIGN e THINKING (pensamento), teremos a “solução de problemas através do pensamento”. Sendo assim, podemos agregar várias formas de pensamento em prol da solução de questões.
Exatamente assim que funciona o Design Thinking. A união de vários tipos de profissionais, com diversas formações, em prol da solução de um problema. Quando unimos essa pluralidade, agregamos visões cada vez mais próximas do nosso principal motivo para um negócio existir: nosso cliente. Sem ele nossos objetivos não estão completos visto que não estaremos atingindo resultados tangíveis e intangíveis.
Surgimento do Design Thinking
O Design Thinking surgiu conceitualmente em duas obras muito importantes. Em 1969, nas ciências, o livro “As ciências do artificial” de Herbert Simon apresenta as primeiras reflexões sobre o tema. Do ponto de vista de Engenharia, o livro “Experiencias in Visual Thinking”, do autor Robert McKim apresentou as reflexões iniciais sobre problemas sendo abordados por diversos players.
A difusão do conceito Design Thinking foi mundialmente apresentada pela consultoria IDEO, dos Estados Unidos. O livro “Design Thinking”, de Tim Brown (que foi um dos CEO da consultoria IDEO) apresenta as concepções da empresa sobre a interação, com método, de diversos grupos de profissionais em prol da solução de um problema.
Inovação como processo de transformação
Entendemos que a inovação é um processo de transformação positiva. A partir do momento que nos colocamos para solucionar um problema e, consequentemente, obtemos resultados financeiros está ocorrendo uma transformação em várias esferas.
Transformação significa sair de um ponto A para o ponto B. Contudo, o que para mim é positivo talvez não seja para você. A mesma subjetividade que encontramos no conceito estético que falamos acima teremos sobre conceitos de transformação. Einstein, ao propor a teoria da relatividade especial em 1905 e a teoria da relatividade geral em 1915, e nunca imaginaria que seu conhecimento seria transformado na bomba que matou milhares de pessoas em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.
A descoberta proposta por fórmulas matemáticas se transformou em uma invenção que afetou milhares de pessoas de forma negativa. O processo de inovação foi desenhado, por exemplo, em veículos como submarinos nucleares e usinas que produzem energia elétrica.
Post-it: invenção errada que virou inovação
Não sei se você sabe, mas a 3M é uma das empresas do mundo que mais investem em inovação. Todos os colaboradores, ainda hoje, são convidados a inovar. Todos possuem um banco de horas semanal voltado a criar e com intuito de inovar. Resumindo, a empresa te oferece tempo para pensar como ganhar dinheiro.
A história do surgimento do post-it, um dos produtos mais famosos e bem sucedidos criados pela 3M, começou de forma curiosa. As “lendas urbanas” dizem que um de seus cientistas, o Dr. Spencer Silver em 1968 estava desenvolvendo uma super-cola que “colaria tudo”. O que ele não esperava era que seu experimento funcionasse exatamente ao contrário. A cola que não colava nada! Isso mesmo, acabou surgindo uma cola que era muito fraca que não gerava aderência por longos períodos e facilmente poderia ser descolada.
E agora? O que fazer com esta invenção?
Dentro da 3M seria necessário apresentar esse experimento de alguma forma: A cola que não colava nada! Dr. Spencer apresentou por alguns anos seu projeto e em 1971 seu amigo Art Fry teve uma excelente sacada a partir de um problema que ele estava passando: Papéis voando enquanto cantava. Isso mesmo, ele era coralista na igreja e suas marcações de partituras ficavam voando durante suas apresentações. Ele não poderia parar para apanhar tudo enquanto cantava, não é mesmo?
Então, Art Fry teve a sacada de utilizar o invento do seu amigo Dr. Spencer Silver. Pegar a cola, passar em pedaços de papel e começou a marcar suas partituras. Eureka! A ideia funcionou e eles criaram o Post-it. A invenção foi validada internamente e, em 1974, distribuída com os moradores do estado de Idaho, nos Estados Unidos. A receptividade foi incrível e a invenção ganhou o mundo e em 1977 entrou no mercado comercialmente. Pra todo lado vemos pessoas utilizando Post-its em seus processos de organização – inclusive gerando mais inovação.
Inventor não necessariamente é um Inovador
O resumo de tudo que te apresentamos é que o inventor não necessariamente é um inovador. Agora podemos afirmar que todo inovador é um empreendedor. Como vimos a inovação está ligada diretamente ao empreendedorismo.
É muito importante que o empreendedor esteja atento a possibilidades continuamente. Todo negócio precisa se oxigenar com novos conceitos, atitudes, formas de atendimento para que teu cliente perceba diferenças.
Hoje em dia estamos muito atrelados as dinâmicas do Marketing Digital e somos bombardeados continuamente com conteúdos das mais diversas localizações geográficas. Nosso cliente está cada vez mais antenado e mais questionador, por consequência. Por esse motivo que necessitamos sempre buscar inovar onde estamos atuando profissionalmente.
O encantamento deve ser contínuo. Nenhum cliente deseja ficar “pulando de galho em galho”. Ele quer ser fiel a sua empresa basta que você cumpra o seu papel – entregar o melhor!
Participe do nosso debate
Esperamos que você tenha gostado da abertura do novo momento da nossa participação na CBN. Estamos de cara nova, equipe mais e ainda mais capacitada para buscar o melhor para te ajudar.
Se você gostou das dicas, encaminhe para seus amigos, colegas de trabalho, familiares. Essa sua contribuição fará com que possamos continuar seguindo firme na construção de conteúdos de qualidade.
O livro apresenta visões sobre inovação baseadas em Design. As estratégias sempre muito focadas em solução de problemas a partir da criação de produtos.Infelizmente, não encontramos uma versão em traduzida para o Português mas sempre como uma excelente referência de conteúdo para estudantes e profissionais das áreas de humanas e tecnologia.
“Artificial” é usado neste livro num sentido muito específico: para indicar sistemas que têm uma determinada forma ou comportamento apenas porque se adaptam (ou são adaptados) ao ambiente, em vista de certos objetivos ou finalidades a atingir.Assim, são artificiais em termos de comportamento, quer os artefactos feitos pelo homem, quer o próprio homem.
(extraído da sinopse do livro)
Este é um clássico do Design Thinking. Referência obrigatória para quem deseja se aprofundar na temática seja com visões voltadas ao mercado ou academia.Inúmeros exemplos de implementações e estratégias aplicadas em casos reais da IDEO que é reconhecida como uma das principais consultorias no mundo relacionadas a Design Thinking e Inovação.
Excelente leitura! Colocamos ao lado o link para versões em Kindle e Papel.
Diante do cenário de pandemia, é inegável o impacto que o coronavírus vai causar nas empresas, sobretudo nos pequenos negócios.
Dê play para ouvir o texto!
Para passar por esse período conturbado, as empresas devem tomar medidas que visam minimizar o impacto econômico causado pelo coronavírus.
Pensar estrategicamente nas ações a serem tomadas podem definir o futuro das empresas pós-crise do coronavírus.
E a primeira medida a ser tomada é pensar na segurança e bem-estar dos colaboradores, clientes e parceiros. Os impactos econômicos vêm depois.
Mas, na prática, como minimizar o impacto do coronavírus na sua empresa?
Para que haja uma ação coordenada é necessário que seja montado um time de gestão de crise que pensará e agirá em todos os aspectos.
O que é preciso para minimizar os efeitos da crise do coronavírus nos negócios?
É de suma importância manter uma comunicação constante com os colaboradores e esclarecer os métodos de prevenção do coronavírus.
Medidas como incentivar os colaboradores a lavar bem as mãos, manter a higiene do local de trabalho impecável, cancelar viagens, eventos, evitar aglomeração de pessoas e garantir a higiene respiratória são fundamentais.
Se possível, ofereça aos seus colaboradores a opção de trabalho remoto. Vale salientar que é importante estabelecer normas, capacitar os trabalhadores para atuar nesta modalidade e manter uma constante comunicação com a sua equipe.
Por mais que não seja possível aplicar o trabalho remoto em todas as áreas da sua empresa, sempre haverá algum departamento onde isto é possível, dependendo, claro, da realidade da sua empresa.
Gerenciamento de crise
O gerenciamento de crise nada mais é do que um método administrativo que visa reduzir prejuízos em decorrência de um evento inesperado. A gestão de crise é um complemento da gestão de riscos.
Crie uma equipe de gestão de crise
Quanto mais você antecipar possíveis cenários, mais preparado a sua empresa estará e mais confiança você terá na hora de agir.
A equipe de gestão de crise deve imaginar os piores cenários possíveis para que possam planejar um plano de ação, se preparar e assim minimizar o impacto do coronavírus no seu negócio.
É importante definir protocolos de comunicações, protocolos de ações e capacitar as pessoas que devem executá-lo.
Tenha em mente que você precisará de recursos humanos, financeiros e operacionais.
Se você possui um restaurante, por exemplo, é possível você trabalhar uma estratégia para implementar ou aumentar a opção de delivery no seu estabelecimento. Salientamos que os processos de higiene e prevenção devem ser rigorosamente cumpridos.
Trabalhe com fatos
Tenha sempre em mãos dados confiáveis sobre o andamento da crise do coronavírus. Esses são essenciais para fundamentar seu planejamento e enfrentamento da crise.
É importante frisar a importância de revisar constantemente o planejamento para adequá-los às mudanças que ocorrerem.
Dados sólidos também reforçam um elemento central do planejamento contra crises: a exploração de diferentes cenários e como eles podem afetar os negócios no curto, médio e longo prazo.
Comunique-se com seu público-alvo
Uma boa estratégia de comunicação para minimizar o impacto do coronavírus na sua empresa é abordar todos os públicos-alvo e deve estar centrada na segurança da sua força de trabalho e reforçar o espírito de solidariedade com a comunidade.
Reveja as suas regras de viagens, políticas de RH, planos de primeiros socorros e tome providências para segurança da sua equipe e dos seus clientes.
Reforce a importância de prevenção em suas redes sociais e deixe claro como sua empresa funcionará durante esse período.
Controle financeiro
As empresas que possuem uma boa saúde financeira estão mais preparadas para enfrentar esse momento, contudo a atenção ao fluxo de caixa deve ser redobrada.
Neste momento onde a geração de receitas são afetadas, diminuir os custos, postergar pagamentos não essenciais e renegociar vencimentos com seus fornecedores é fundamental para ter maior fôlego financeiro.
Se você tiver condições de pagar neste momento, pode valer a pena negociar com seus colaboradores férias coletivas e utilização de banco de horas, dispositivos previsto em lei que podem auxiliar a sua empresa neste momento.
Há movimentos que facilitam a captação de recursos para as empresas passarem por esse momento, contudo é essencial analisar os custos dessa alternativa.
Prepare-se para fechar
A melhor maneira de evitar a proliferação do coronavírus é o isolamento social. Essa medida visa diminuir a quantidade de casos simultâneos da Covid-19 para não sobrecarregar os hospitais.
Dito isto, algumas medidas do governo podem se intensificar e chegarmos ao estado de quarentena com o funcionamento somente de serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados.
Se sua empresa não possui nenhuma condições de trabalho remoto, o bom senso deve prevalecer e você deve parar de atender para evitar multas e preservar a segurança de todos.
Quais medidas econômicas o governo já tomou para combater essa crise?
Liberação de crédito para micros e pequenas empresas;
Adiamento de cobranças referente ao Simples Nacional;
Ajuda à companhia aéreas;
Auxílio ao profissionais autônomos;
Desoneração de IPI para bens importados e bens produzidos internamente que sejam necessários ao combate ao Covid-19;
Auxílio para trabalhadores que foram afastados devido a redução de jornada de trabalho.
Essas medidas emergenciais visam a preservação dos empregos e a proteção social dos trabalhadores.
Outras medidas deverão ser tomadas no decorrer da crise do coronavírus e, após a superação dessa crise, medidas de estímulo à economia como plano de estímulo à recuperação da demanda devem ser implementados.
Por fim, podemos concluir que não há receita pronta da melhor maneira como as empresas podem minimizar o impacto do coronavírus. O plano de ação da sua empresa deve ser revisado frequentemente e o bom senso deve prevalecer.
Preparamos um artigo com dicas completas para você administrar a sua empresa a distância, além de dicas de quais ferramentas utilizar e produtividade no trabalho remoto.
“O objetivo deste projeto é apresentar uma solução que ajude, inicialmente, as empresas de João Pessoa a se manterem e manterem seus empregados nos postos de trabalho. Como já informado anteriormente, foi criado um grupo de trabalho para pensar em uma solução.
Pensando na recomendação crucial de evitar sair de casa, o grupo de trabalho propõe a criação de uma plataforma de marketplace (vendas online), chamada Co City, com integração a uma plataforma de delivery para que possibilite a entrega dos produtos nas residências dos clientes. Além da aquisição de produtos a plataforma pretende abrir espaço para quem quiser ofertar cursos online e outros serviços que dependerão da viabilidade de implantação.
Há custos para manutenção de uma plataforma como esta que, inicialmente, pode variar entre R$ 70 e R$ 200, a depender da demanda com o acréscimo de 2% sobre o valor da venda realizada.
Por enquanto a primeira versão da plataforma atenderá apenas empresas situadas na cidade de João Pessoa. Em seguida há pretensão de extensão para a grande João Pessoa e, quem sabe, para toda a Paraíba.
Caso seja do seu interesse, por favor preencher este formulário para que possamos desenvolver a plataforma de acordo com a realidade local.
Se possível, compartilha com outros empresários da cidade. Neste momento de união não existirá concorrência. Muitas famílias dependem apenas dos empregos que vocês proporcionam.”
https://forms.gle/5G8M1ZAMi6kVbuJF7
O grupo de trabalho conta com a participação do Gustavo Rabay, Jimmy Arbid, Dennison Augusto, Miguel Isoni Filho e Jardson de Souza
Empreendedores que querem participar do maior programa de aceleração de startups da América Latina terão até o dia 16 de março para se inscrever
O InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração de startups da América Latina, está com inscrições abertas para a sua primeira edição de 2020. Visando capacitar startups para interagir com investidores e potenciais clientes, o programa atua em parceria com grandes empresas, incubadoras, executivos de renome e até mesmo com outras aceleradoras.
Entre 10 de fevereiro e 16 de março, os empreendedores que buscam conexão com o mercado e investidores devem se inscrever no site do programa. Serão escolhidas até 160 startups, de qualquer lugar do Brasil, em estágio de operação e tração, que desenvolvam soluções inovadoras em produtos ou
serviços.
“Ao ser selecionada para participar do programa, a startup recebe mentorias, capacitações online e à distância, oficinas de pitch e participa no InovAtiva Experience, evento de encerramento do ciclo de aceleração que possibilita a conexão dos empreendedores com o ecossistema de inovação, incluindo investidores, aceleradoras e grandes empresas. É um programa robusto que oferece o suporte necessário para o crescimento da empresa”, destaca o gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral.
Para participar do programa, a empresa deve apresentar registro CNPJ e ter as primeiras vendas já realizadas ou uma crescente base de usuários. A seleção será feita por uma rede de avaliadores qualificados que analisarão os projetos submetidos em quatro dimensões: Grau de Inovação, Grau de Maturidade da Empresa, Maturidade da Solução e Equipe.
“Nosso objetivo com o InovAtiva Brasil é promover a conexão das startups aceleradas pelo programa com oportunidades de negócios no mercado privado para a geração de empregos qualificados e renda em todas as regiões do país”, afirma Gustavo Ene, Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.
O ecossistema hoje, ponte para o Brasil de amanhã
Com o intuito de gerar identificação e pertencimento, além de uma experiência imersiva, o InovAtiva Brasil terá “O ecossistema hoje, ponte para o Brasil de amanhã” como tema do ciclo 2020.1. Nele será destacada a importância de nutrir o ecossistema brasileiro de empreendedorismo inovador e capital
de risco para otimizar a procura e aumentar as chances de êxito em investimentos obtidos.
Para ajudar os empreendedores de todo o país que buscam o crescimento dos seus negócios, o programa oferecerá mentorias individuais e coletivas, online e presencialmente; conteúdos especializados de capacitação; possibilidade de conexão com grandes empresas; além de visibilidade e reconhecimento por meio da possibilidade de apresentação da solução para investidores, aceleradoras privadas e executivos de grandes empresas.
As startups que concluírem todas as etapas do processo de aceleração, incluindo a participação no InovAtiva Experience, evento de encerramento do ciclo, receberão benefícios exclusivos, como desconto em produtos, serviços, taxas de associação e participação em eventos.
Sobre o InovAtiva Brasil
O InovAtiva Brasil é um programa gratuito para aceleração de negócios inovadores de qualquer setor e região do Brasil, realizado pelo Ministério da Economia e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com execução da Fundação Centros de Referência em Tecnologias
Inovadoras (CERTI). O programa oferece mentorias, visibilidade às startups e conexão com investidores, grandes empresas e parceiros. Entre 2013 e 2019, mais de 2000 startups de todas as regiões do Brasil participaram do programa e mais de 1000 delas chegaram à fase de apresentar suas soluções em bancas presenciais com investidores.
Conecte-se com o ecossistema local e tire suas dúvidas pessoalmente no Workshop que irá ocorrer hoje (10/03) em Campina Grande.